Etiópia

O Evangelho chegou à Etiópia no séc. I. Apesar das suas origens primitivas, os cristãos etíopes ainda sofrem perseguição. No sul do país, o aparecimento do islão Wahhabi entre os muçulmanos Oromo, juntamente com a recente instabilidade política deram origem a uma vaga de ataques contra cristãos por toda a região. Foram destruídas muitas igrejas e casas de crentes, e muitos cristãos foram martirizados por causa da sua fé. O leste da Etiópia, onde existe uma das maiores populações somalis do mundo, os cristãos são perseguidos quer pelas comunidades quer pelas famílias. Tal como no Sul, a recente agitação política deu origem a um ataque em larga escala aos cristãos da região leste do país. No Norte, alguns cristãos tradicionais perseguem os crentes evangelistas. Destroem igrejas, agridem-nos fisicamente e recusam-lhes empregos e lugares nos cemitérios. Por toda a Etiópia também há vários grupos tribais de maioria muçulmana que perseguem duramente os cristãos. A liberdade religiosa está garantida na Etiópia e geralmente o governo tenta proteger os direitos dos cristãos. Contudo, alguns vestígios de práticas comunistas levam as autoridades a monitorizar as atividades das igrejas e das organizações cristãs, particularmente aquelas que são evangélicas. No entanto, as igrejas evangélicas da Etiópia continuam a estabelecer outras igrejas e a enviar missionários para zonas difíceis, o que dá origem a um crescimento da igreja.

Quénia

O país é predominantemente cristão, mas vários grupos tribais do Norte permanecem inalcançáveis, e grande parte da região costeira é predominantemente muçulmana. Por outro lado, na região conhecida como a Grande Somália no nordeste do Quénia, 90% da população é de etnia somali e ferverosamente muçulmana. Nestas áreas, os missionários cristãos de outras partes do Quénia e os convertidos do islão são frequentemente atacados e mortos. A constituição queniana garante liberdade religiosa a todos os cidadãos, mas as autoridades locais em zonas resistentes são chefiadas por funcionários muçulmanos que pouco fazem para proteger os direitos dos crentes.

Líbia

A Líbia permanece caótica desde a eclosão da revolução e o derrube do seu ditador em 2011. Atualmente, existem três governos opostos a competir pelo controlo do país. Os conflitos danificaram significativamente as infraestruturas do país e tornaram o trabalho de evangelização extremamente difícil. Vários missionários perderam a vida durante o último século e o trabalho evangélico é implacavelmente combatido. Os cristãos são uma pequena minoria na Líbia (menos de 3% da população), mas o seu número continua a crescer, apesar da perseguição e do instável ambiente político.

Mali

Tendo sido em tempos um centro cultural islâmico, o Mali é um país pobre, mas que está a crescer, e continua quase inteiramente muçulmano. Apesar de os missionários terem chegado ao país no início da década de 20 e terem trabalhado na maior parte das regiões do país, atualmente há menos de 1% de malaios cristãos. Pequenas congregações de crentes continuam a prestar culto em vilas conhecidas por serem centros de atividade jihadista. Desde 2016, foram raptados vários missionários no Mali ou raptados em países vizinhos e trazidos para o Mali. A maioria destas pessoas continua em cativeiro. Em 2017, as ameaças de grupos jihadistas levaram algumas organizações missionárias a retirar equipas do país.

Mauritânia

A Mauritânia está entre os países mais pobres do mundo e também tem um significativo problema de corrupção. Localizado no Magrebe, na costa ocidental de África, é um país islamista com três povos distintos: Fulani, White Moor e Black Moor.

A escravatura ainda existe dentro dos povos tribais, com os cristãos negros normalmente a servirem os árabes. Existem igrejas na Mauritânia, mas são relativamente novas e precisam de receber formação e de desenvolver a capacidade de liderança. Em 2009, um missionário americano foi martirizado e, consequentemente, muitas das organizações missionárias retiraram os seus trabalhadores do país. Contudo, alguns dos obreiros cristãos começam a regressar. A Mauritânia é terminantemente islâmica há mais de 1000 anos e as necessidades de formação entre os líderes indígenas, assim como a falta de segurança quer para os cristãos nativos quer para os missionários estrangeiros continuam a ser obstáculos para a evangelização dos muçulmanos.