Quénia

O país é predominantemente cristão, mas vários grupos tribais do Norte permanecem inalcançáveis, e grande parte da região costeira é predominantemente muçulmana. Por outro lado, na região conhecida como a Grande Somália no nordeste do Quénia, 90% da população é de etnia somali e ferverosamente muçulmana. Nestas áreas, os missionários cristãos de outras partes do Quénia e os convertidos do islão são frequentemente atacados e mortos. A constituição queniana garante liberdade religiosa a todos os cidadãos, mas as autoridades locais em zonas resistentes são chefiadas por funcionários muçulmanos que pouco fazem para proteger os direitos dos crentes.

Líbano

Existe uma abertura única ao Evangelho entre os muçulmanos árabes do Líbano que sofreram muito devido à guerra na Síria. Como o Líbano tem uma significativa população cristã e não é um país muçulmano, tem-se tornado um refúgio para os crentes perseguidos de toda a região. Mais de um milhão de refugiados sírios entraram no país durante os últimos sete anos, aumentando a população do Líbano em quase um quarto, e nem sempre têm sido recebidos de braços abertos. Apesar das dificuldades, muitas das igrejas evangélicas do Líbano não só receberam, como também cuidaram das necessidades prementes dos refugiados sírios, que têm recursos limitados e poucos direitos neste país. Deste modo, foram muitos os muçulmanos sírios que nos últimos anos ouviram várias vezes a mensagem do Evangelho. As igrejas libanesas distribuem Bíblias e outras literaturas cristãs juntamente com alimentos e outras necessidades. Muitos refugiados muçulmanos têm tido a coragem de frequentar formações bíblicas e serviços religiosos para saber mais sobre Cristo. Um número significativo destes refugiados colocou a sua fé em Cristo, foi batizado e tornou-se ativo nas igrejas locais enquanto tenta testemunhar a sua fé a outros muçulmanos sírios.

Mali

Tendo sido em tempos um centro cultural islâmico, o Mali é um país pobre, mas que está a crescer, e continua quase inteiramente muçulmano. Apesar de os missionários terem chegado ao país no início da década de 20 e terem trabalhado na maior parte das regiões do país, atualmente há menos de 1% de malaios cristãos. Pequenas congregações de crentes continuam a prestar culto em vilas conhecidas por serem centros de atividade jihadista. Desde 2016, foram raptados vários missionários no Mali ou raptados em países vizinhos e trazidos para o Mali. A maioria destas pessoas continua em cativeiro. Em 2017, as ameaças de grupos jihadistas levaram algumas organizações missionárias a retirar equipas do país.

Nepal

Segundo os líderes cristãos do país, o governo do Nepal está a tomar uma posição mais forte contra a conversão religiosa. Embora a constituição de 2015 garanta a liberdade religiosa, em 2017 o parlamento aprovou uma proposta de lei que criminaliza a conversão ao cristianismo. Em 2018, o primeiro ministro e os funcionários do governo disseram publicamente que quem mudasse de religião seria expulso do país. E ainda, quaisquer organizações de caridade que se dedicassem à evangelização seriam encerradas. As comunidades cristãs são pequenas, mas sinceras.

Nigéria

A Nigéria está vincadamente dividida por uma linha religiosa entre um Norte de domínio muçulmano e um Sul de maioria cristã. Existem mais de 80 milhões de cristãos assumidos no país mais populoso de África, fruto quer do pioneiro trabalho missionário quer do regresso dos escravos libertos, que levaram o Evangelho da Europa para o continente africano após a abolição da escravatura em Inglaterra, em 1833. A atividade missionária estrangeira no Norte, maioritariamente muçulmano, diminuiu significativamente nos últimos 10 anos em resultado do aparecimento do grupo islâmico Boko Haram. Sediado no Norte, o Boko Haram está afiliado na Al-Qaeda e também apoiou o autoproclamado Estado Islâmico (ISIS).

Embora o Boko Haram pareça ter perdido força no Nordeste, acredita-se estar na base dos aumentos dos ataques a aldeias cristãs realizados pelo grupo militante de pastores Fulani, uma tribo conhecida pela sua fidelidade ao islão mais estrito. Há muitos anos que atacam aldeias cristãs e nos últimos dois anos cometeram mais atos de violência extrema contra cristãos do que qualquer outro grupo do mundo. Os muçulmanos do Norte querem criar um país diferente, governando pela xaria, a lei islâmica, e os estados que estão no meio são estratégicos para esta batalha, tais como Kaduna, Plateau, Benue e Abuja. Os grupos terroristas querem retirar os cristãos destes estados mistos para continuarem com a sua pressão para a criação de um país islamista.