O Jibuti é o terceiro menor país da África continental. Está sob o domínio de dois principais grupos muçulmanos, Afar e Somali, e está praticamente rodeado de países islamistas. Apesar disso, o Jibuti não é dominado por extremistas. A capital alberga várias bases navais estrangeiras e muitos grupos humanitários operam a partir deste país. Apesar de o islão ser a religião oficial do estado, os direitos dos cristãos são de uma forma geral respeitados, as Bíblias estão legalmente disponíveis e não existe nenhuma lei que impeça os muçulmanos de se converterem. A nação procura proteger a sua identidade muçulmana e as organizações cristãs não têm autorização para se registarem oficialmente.
Área: Hostil
Etiópia
O Evangelho chegou à Etiópia no séc. I. Apesar das suas origens primitivas, os cristãos etíopes ainda sofrem perseguição. No sul do país, o aparecimento do islão Wahhabi entre os muçulmanos Oromo, juntamente com a recente instabilidade política deram origem a uma vaga de ataques contra cristãos por toda a região. Foram destruídas muitas igrejas e casas de crentes, e muitos cristãos foram martirizados por causa da sua fé. O leste da Etiópia, onde existe uma das maiores populações somalis do mundo, os cristãos são perseguidos quer pelas comunidades quer pelas famílias. Tal como no Sul, a recente agitação política deu origem a um ataque em larga escala aos cristãos da região leste do país. No Norte, alguns cristãos tradicionais perseguem os crentes evangelistas. Destroem igrejas, agridem-nos fisicamente e recusam-lhes empregos e lugares nos cemitérios. Por toda a Etiópia também há vários grupos tribais de maioria muçulmana que perseguem duramente os cristãos. A liberdade religiosa está garantida na Etiópia e geralmente o governo tenta proteger os direitos dos cristãos. Contudo, alguns vestígios de práticas comunistas levam as autoridades a monitorizar as atividades das igrejas e das organizações cristãs, particularmente aquelas que são evangélicas. No entanto, as igrejas evangélicas da Etiópia continuam a estabelecer outras igrejas e a enviar missionários para zonas difíceis, o que dá origem a um crescimento da igreja.
Índia
Sob a governação do primeiro-ministro Narendra Modi, a organização nacionalista hindu Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) viu um aumento de 20% no seu número de membros e uma base encorajadora com o objetivo de fortalecer a identidade hindu na Índia entre a sua enorme diversidade de línguas, culturas e religiões. Embora o primeiro-ministro Modi tenha dito publicamente que o seu governo não tolerará discriminação religiosa, os seus atos provam o contrário. Políticas vagas como as leis anti-conversão (que impedem a conversão de hindus a outras religiões) foram aprovadas em vários estados da Índia e a pressão para a aprovação de uma lei federal similar está a ganhar apoio. As leis anti-conversão há muito que são usadas contra pastores, promotores de novas igrejas e evangelistas. Inversamente, as cerimónias de reconversão conhecidas como Ghar Wapsi ou “regresso a casa” para o retorno dos indianos ao hinduísmo tornaram-se cada vez mais comuns. Apesar das crescentes restrições do governo ao cristianismo, a igreja está a crescer. O maior crescimento dá-se entre pessoas de origem hindu, que têm uma profunda necessidade espiritual.
Indonésia
A Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo, representando 13% da população muçulmana mundial. Existem cinco categorias confessionais oficialmente reconhecidas na Indonésia: islão, hinduísmo, cristianismo católico, o cristianismo protestante e o budismo. O confucionismo/daoismo também é reconhecido. Embora os muçulmanos indonésios pratiquem uma versão animística conhecida como islão “popular”, os apoiantes da ideologia islâmica radical fomentaram e exerceram violência contra os cristãos. Esta estratégia levou muitos muçulmanos a questionarem a sua fé e a estarem mais recetivos ao Evangelho. Os evangelistas mais audaciosos estão a aproveitar esta oportunidade para partilhar o Evangelho, conduzindo muitos muçulmanos à fé em Cristo.
Israel (Incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza)
Israel alberga duas culturas e dois povos muito diferentes e divididos. O conflito de décadas entre israelitas e palestinianos por causa da terra, do estatuto de Jerusalém e do estatuto dos refugiados palestinos continua a ser um dos assuntos mais instáveis da região. No meio deste conflito, o Senhor viu a Sua igreja crescer entre os judeus e entre os muçulmanos. O mais interessante é que quer os judeus quer os muçulmanos são ensinados a rejeitar Cristo e a desprezar o Evangelho, e a atividade cristã é combatida pelos dois grupos. Apesar desta oposição, existem atualmente igrejas evangélicas que incluem judeus que aceitaram Cristo como o Messias e árabes muçulmanos que depositaram a sua fé em Cristo. Os esforços ministeriais realizados no seio dos dois grupos incluem a distribuição de Bíblias, o discipulado, a evangelização, a promoção de novas igrejas e a educação teológica. A Autoridade Palestiniana mantém algum controlo sobre a Cisjordânia que está sob a autoridade federal israelita, enquanto o grupo militante Hamas exerce controlo na Faixa de Gaza. Os dois grupos opõem-se categoricamente à atividade cristã e ensinam as suas gentes a odiar o Ocidente, os judeus e os cristãos.