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Durante mais de dois anos, as autoridades egípcias detiveram dois homens cristãos sem julgamento.

Abdulbaqi Saeed Abdo e Nour Girgis foram detidos no final de 2021 pelas suas interações com um grupo do Facebook chamado ‘Al Abareen’, que significa ‘atravessar’. O grupo apoia os novos cristãos que deixaram o Islão. Após a sua detenção, as autoridades egípcias tentaram ligar as interações dos homens com a página a atividades terroristas.

Durante os últimos dois anos, as autoridades transferiram os dois homens para vários centros de detenção, uma vez que os seus julgamentos foram repetidamente adiados. Abdo e Girgis foram mantidos em más condições de vida e tiveram interação limitada com suas famílias ou aconselhamento jurídico.

Abdo, um refugiado iemenita casado e com filhos, foi acusado de se juntar a um grupo terrorista, de desprezar e de discriminar o Islão. Ele sofre de problemas cardíacos e corre risco de vida. Em abril, as autoridades prisionais negaram-lhe tratamento médico para dores no peito. Encontra-se atualmente detido na 10.ª prisão do Ramadão, no Egito.

Girgis, que foi transferido para uma unidade terrorista e acusado de liderar Al Abareen, foi acusado de blasfemar contra o Islão e de discutir a conversão religiosa online. Sofreu vários interrogatórios, bem como tortura emocional e física.

Fonte: International Christian Concern