Índia

Sob a governação do primeiro-ministro Narendra Modi, a organização nacionalista hindu Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) viu um aumento de 20% no seu número de membros e uma base encorajadora com o objetivo de fortalecer a identidade hindu na Índia entre a sua enorme diversidade de línguas, culturas e religiões. Embora o primeiro-ministro Modi tenha dito publicamente que o seu governo não tolerará discriminação religiosa, os seus atos provam o contrário. Políticas vagas como as leis anti-conversão (que impedem a conversão de hindus a outras religiões) foram aprovadas em vários estados da Índia e a pressão para a aprovação de uma lei federal similar está a ganhar apoio. As leis anti-conversão há muito que são usadas contra pastores, promotores de novas igrejas e evangelistas. Inversamente, as cerimónias de reconversão conhecidas como Ghar Wapsi ou “regresso a casa” para o retorno dos indianos ao hinduísmo tornaram-se cada vez mais comuns. Apesar das crescentes restrições do governo ao cristianismo, a igreja está a crescer. O maior crescimento dá-se entre pessoas de origem hindu, que têm uma profunda necessidade espiritual.

Indonésia

A Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo, representando 13% da população muçulmana mundial. Existem cinco categorias confessionais oficialmente reconhecidas na Indonésia: islão, hinduísmo, cristianismo católico, o cristianismo protestante e o budismo. O confucionismo/daoismo também é reconhecido. Embora os muçulmanos indonésios pratiquem uma versão animística conhecida como islão “popular”, os apoiantes da ideologia islâmica radical fomentaram e exerceram violência contra os cristãos. Esta estratégia levou muitos muçulmanos a questionarem a sua fé e a estarem mais recetivos ao Evangelho. Os evangelistas mais audaciosos estão a aproveitar esta oportunidade para partilhar o Evangelho, conduzindo muitos muçulmanos à fé em Cristo.

Israel (Incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza)

Israel alberga duas culturas e dois povos muito diferentes e divididos. O conflito de décadas entre israelitas e palestinianos por causa da terra, do estatuto de Jerusalém e do estatuto dos refugiados palestinos continua a ser um dos assuntos mais instáveis da região. No meio deste conflito, o Senhor viu a Sua igreja crescer entre os judeus e entre os muçulmanos. O mais interessante é que quer os judeus quer os muçulmanos são ensinados a rejeitar Cristo e a desprezar o Evangelho, e a atividade cristã é combatida pelos dois grupos. Apesar desta oposição, existem atualmente igrejas evangélicas que incluem judeus que aceitaram Cristo como o Messias e árabes muçulmanos que depositaram a sua fé em Cristo. Os esforços ministeriais realizados no seio dos dois grupos incluem a distribuição de Bíblias, o discipulado, a evangelização, a promoção de novas igrejas e a educação teológica. A Autoridade Palestiniana mantém algum controlo sobre a Cisjordânia que está sob a autoridade federal israelita, enquanto o grupo militante Hamas exerce controlo na Faixa de Gaza. Os dois grupos opõem-se categoricamente à atividade cristã e ensinam as suas gentes a odiar o Ocidente, os judeus e os cristãos.

Quénia

O país é predominantemente cristão, mas vários grupos tribais do Norte permanecem inalcançáveis, e grande parte da região costeira é predominantemente muçulmana. Por outro lado, na região conhecida como a Grande Somália no nordeste do Quénia, 90% da população é de etnia somali e ferverosamente muçulmana. Nestas áreas, os missionários cristãos de outras partes do Quénia e os convertidos do islão são frequentemente atacados e mortos. A constituição queniana garante liberdade religiosa a todos os cidadãos, mas as autoridades locais em zonas resistentes são chefiadas por funcionários muçulmanos que pouco fazem para proteger os direitos dos crentes.

Líbano

Existe uma abertura única ao Evangelho entre os muçulmanos árabes do Líbano que sofreram muito devido à guerra na Síria. Como o Líbano tem uma significativa população cristã e não é um país muçulmano, tem-se tornado um refúgio para os crentes perseguidos de toda a região. Mais de um milhão de refugiados sírios entraram no país durante os últimos sete anos, aumentando a população do Líbano em quase um quarto, e nem sempre têm sido recebidos de braços abertos. Apesar das dificuldades, muitas das igrejas evangélicas do Líbano não só receberam, como também cuidaram das necessidades prementes dos refugiados sírios, que têm recursos limitados e poucos direitos neste país. Deste modo, foram muitos os muçulmanos sírios que nos últimos anos ouviram várias vezes a mensagem do Evangelho. As igrejas libanesas distribuem Bíblias e outras literaturas cristãs juntamente com alimentos e outras necessidades. Muitos refugiados muçulmanos têm tido a coragem de frequentar formações bíblicas e serviços religiosos para saber mais sobre Cristo. Um número significativo destes refugiados colocou a sua fé em Cristo, foi batizado e tornou-se ativo nas igrejas locais enquanto tenta testemunhar a sua fé a outros muçulmanos sírios.