Camarões

Boko Haram tem vindo a reagrupar-se na Nigéria, e os ataques crescentes que aí têm ocorrido estão correlacionados com o aumento de ataques em Camarões. As incursões anteriores de Boko Haram em Camarões não foram bem organizadas, mas os ataques recentes e organizados têm visado especificamente as igrejas e a atividades cristã. Num ataque típico, os cristãos são mortos ou deslocados, as igrejas são queimadas e as casas destruídas. Várias aldeias cristãs foram completamente abandonadas após ataques recorrentes. De Janeiro de 2018 a Novembro de 2019, sete aldeias predominantemente cristãs foram atacadas na região norte. Os atacantes mataram 10 pessoas e raptaram 7 outras, enquanto queimavam 575 casas, 7 igrejas, 2 escolas e 1 hospital evangélico.

Mauritânia

A Mauritânia está entre os países mais pobres do mundo e também tem um significativo problema de corrupção. Localizado no Magrebe, na costa ocidental de África, é um país islamista com três povos distintos: Fulani, White Moor e Black Moor.

A escravatura ainda existe dentro dos povos tribais, com os cristãos negros normalmente a servirem os árabes. Existem igrejas na Mauritânia, mas são relativamente novas e precisam de receber formação e de desenvolver a capacidade de liderança. Em 2009, um missionário americano foi martirizado e, consequentemente, muitas das organizações missionárias retiraram os seus trabalhadores do país. Contudo, alguns dos obreiros cristãos começam a regressar. A Mauritânia é terminantemente islâmica há mais de 1000 anos e as necessidades de formação entre os líderes indígenas, assim como a falta de segurança quer para os cristãos nativos quer para os missionários estrangeiros continuam a ser obstáculos para a evangelização dos muçulmanos.

Usbequistão

O novo presidente do Usbequistão parece estar a conduzir o país para uma maior liberdade religiosa. As restrições à igreja e às organizações cristãs atenuaram-se. No entanto, continua a ser proibido distribuir literatura evangélica em público. Existem várias denominações cristãs no Usbequistão e os seus líderes relatam uma crescente unidade entre as igrejas. Estes líderes estão focados em equipar e formar uma nova geração de líderes cristãos que sirvam a igreja.

China

A igreja na China apresentou um crescimento explosivo durante, pelo menos, os últimos 30 anos. Vivem, no país, cerca de 100 milhões de cristãos, mas apenas 30 milhões estão afiliados no Movimento Patriótico das Três Autonomias autorizado pelo governo. Os restantes 70 milhões prestam culto em igrejas domésticas não autorizadas. Apesar da pressão contínua e da opressão do governo comunista, os líderes das igrejas domésticas recusam-se a comprometer o Evangelho e a juntarem-se às igrejas aprovadas pelo governo. Cerca de 60% dos crentes chineses vivem em áreas rurais. Poucos líderes de igrejas domésticas têm uma verdadeira formação teológica ou acesso a material para o estudo da Bíblia.

Marrocos

Marrocos é governado por um monarca que supostamente é descendente direto do profeta Maomé e pretende governar o país dentro dos princípios islâmicos. Embora este país do norte de África tenha vivido 1400 anos de opressão islâmica, os nativos de Marrocos, os berberes, não eram muçulmanos. O islão foi trazido para o país pelas invasões árabes no século VIII.  Atualmente, a população cristã corresponde a menos de 1%. O crescimento do cristianismo tem sido lento, tendo ocorrido um grande revés em 2010, quando centenas de missionários foram obrigados a deixar o país. Com o crescimento da tecnologia digital e dos meios de comunicação social, há mais marroquinos a voltar-se para a fé.