Os Comores continuam a ser um dos países mais restritos do mundo. O governo recebe abertamente os turistas e embora conceda liberdade religiosa aos residentes estrangeiros, os nativos não a têm. Para eles, o abandono do islão é ilegal. Partilhar o Evangelho e formar novos discípulos é altamente restrito e pode levar à expulsão para os estrangeiros e à prisão para os locais. Os muçulmanos que se convertem ao cristianismo têm de se reunir em segredo para estudar e adorar. Algumas das organizações cristãs têm autorização para trabalhar, mas são estritamente monitorizadas e limitadas a projetos humanitários. Apesar destas dificuldades, o Evangelho continua a difundir-se através da coragem dos crentes clandestinos e da distribuição secreta de material bíblico.
Área: Restrito
Myanmar (Birmânia)
A fé cristã na Birmânia remonta ao tempo do trabalho missionário de Adoniram Judson, que ali chegou em 1813 com a sua mulher, Ann. A Bíblia Judson continua a ser a tradução padrão utilizada pelas congregações. A maioria dos cristãos tem origem nos povos tribais Chin e Karen, e são muito poucos os que se convertem à fé oriundos dos povos étnicos de Myanmar.
Existem muitas escolas bíblicas por todo o país e os promotores de igrejas indígenas e os missionários proclamam corajosamente o Evangelho. A igreja está a crescer, apesar da perseguição generalizada do governo e da maioria budista. A maioria étnica birmanesa domina e oprime os outros grupos tribais. Embora nos últimos anos tenha havido ampla discussão sobre alterações políticas, apenas se realizaram alterações superficiais. Os militares continuam efetivamente a controlar o país. Foram impostas sanções das Nações Unidas, mas o cidadão médio não foi afetado de forma positiva.
Iémen
O povo do Iémen tem sofrido muito desde o início da sua guerra civil em março de 2015, mas o Evangelho floresceu bastante durante este período. Os cristãos do Iémen tornaram-se mais proativos nos seus esforços de evangelização, embora continuem a enfrentar sérios perigos, até pelo simples facto de serem identificados como cristãos. Nesse sentido, têm de recorrer a formas criativas de evangelização, que sejam corajosas e sensatas. Um pequeno número de iemenitas tem-se juntado ao corpo de Cristo todas as semanas e existem muitos que procuram saber mais, à medida que o interesse nos média cristãos aumenta. Neste momento, a maior parte das regiões do país já tem pelo menos um seguidor de Cristo.
Cuba
Apesar da alteração de liderança no país, as igrejas enfrentam uma dura pressão do governo, que permanece comprometido com as crenças ateias do comunismo e as vê como uma ameaça à revolução. Quando os líderes da igreja resistem às doutrinas do estado que são contrárias à Palavra de Deus e desobedecem às restrições governamentais sobre o testemunho cristão são chamados para interrogatório. Dado que a reunião em igrejas não registadas e a construção de novas igrejas continua a ser proibida, muitas das congregações continuam a construir ilegalmente edifícios de culto. Nos últimos anos, assistiu-se a um reavivar do “espírito da revolução” que estava em declínio. Muitos voltaram a comprometer-se com a ideologia nacionalista e comunista defendida por Fidel Castro e Che Guevara nos anos 50. Os cubanos continuam pobres e com o governo a procurar controlar todos os aspetos da vida.
Coreia do Norte
Devido ao secretismo do governo comunista, pouco se sabe sobre a atual situação dos cristãos na Coreia do Norte. Pyongyang, a capital, era conhecida como a «Jerusalém do Oriente» no início do Séc. XX, devido às suas mais de 2000 igrejas. O governo comunista confia na Juche (a religião da Coreia do Norte que exige o culto e a subserviência à família Kim) para manter a estabilidade, e o cristianismo é considerado subversivo. As pessoas que forem descobertas como sendo cristãs (ou, em muitos casos, como tendo tido contacto com ideias cristãs) são consideradas inimigas do estado. O Evangelho continua a ser proclamado na Coreia do Norte através de vários meios criativos, nomeadamente estações de rádio de onda curta, e de evangelistas corajosos que arriscam a vida para introduzir clandestinamente no país material cristão.