Butão

Até aos anos 80, o Butão era extremamente isolado do resto do mundo devido à sua geografia himalaia, às pobres infraestruturas e às fracas relações internacionais. Em 2008, o país adotou uma democracia constitucional multipartidária e implementou uma nova constituição, que protege oficialmente a liberdade religiosa. A maior parte dos cristãos do Butão são de origem nepalesa; no entanto, os crentes estão focados em chegar às etnias butanesas com a mensagem de Cristo. Os poucos líderes cristãos butaneses do país estão a centrar-se nos estudos bíblicos e ministeriais.

Myanmar (Birmânia)

A fé cristã na Birmânia remonta ao tempo do trabalho missionário de Adoniram Judson, que ali chegou em 1813 com a sua mulher, Ann. A Bíblia Judson continua a ser a tradução padrão utilizada pelas congregações. A maioria dos cristãos tem origem nos povos tribais Chin e Karen, e são muito poucos os que se convertem à fé oriundos dos povos étnicos de Myanmar.

Existem muitas escolas bíblicas por todo o país e os promotores de igrejas indígenas e os missionários proclamam corajosamente o Evangelho. A igreja está a crescer, apesar da perseguição generalizada do governo e da maioria budista. A maioria étnica birmanesa domina e oprime os outros grupos tribais. Embora nos últimos anos tenha havido ampla discussão sobre alterações políticas, apenas se realizaram alterações superficiais. Os militares continuam efetivamente a controlar o país. Foram impostas sanções das Nações Unidas, mas o cidadão médio não foi afetado de forma positiva.

Iémen

O povo do Iémen tem sofrido muito desde o início da sua guerra civil em março de 2015, mas o Evangelho floresceu bastante durante este período. Os cristãos do Iémen tornaram-se mais proativos nos seus esforços de evangelização, embora continuem a enfrentar sérios perigos, até pelo simples facto de serem identificados como cristãos. Nesse sentido, têm de recorrer a formas criativas de evangelização, que sejam corajosas e sensatas. Um pequeno número de iemenitas tem-se juntado ao corpo de Cristo todas as semanas e existem muitos que procuram saber mais, à medida que o interesse nos média cristãos aumenta. Neste momento, a maior parte das regiões do país já tem pelo menos um seguidor de Cristo.

Brunei

O Brunei é uma nação maioritariamente muçulmana, onde o povo vive sob o domínio de um sultão dinástico. As leis são uma versão da Xaria Islâmica. Existem aproximadamente 20 igrejas em todo o país e as pessoas têm poucas oportunidades para ouvir o Evangelho. A riqueza do petróleo tem garantido à maior parte das pessoas ter poucas necessidades materiais, mas as necessidades espirituais são imensas. Apesar do risco, alguns evangelistas e missionários continuam a levar a luz do Evangelho a esta terra de escuridão.

Nepal

Segundo os líderes cristãos do país, o governo do Nepal está a tomar uma posição mais forte contra a conversão religiosa. Embora a constituição de 2015 garanta a liberdade religiosa, em 2017 o parlamento aprovou uma proposta de lei que criminaliza a conversão ao cristianismo. Em 2018, o primeiro ministro e os funcionários do governo disseram publicamente que quem mudasse de religião seria expulso do país. E ainda, quaisquer organizações de caridade que se dedicassem à evangelização seriam encerradas. As comunidades cristãs são pequenas, mas sinceras.

China

A igreja na China apresentou um crescimento explosivo durante, pelo menos, os últimos 30 anos. Vivem, no país, cerca de 100 milhões de cristãos, mas apenas 30 milhões estão afiliados no Movimento Patriótico das Três Autonomias autorizado pelo governo. Os restantes 70 milhões prestam culto em igrejas domésticas não autorizadas. Apesar da pressão contínua e da opressão do governo comunista, os líderes das igrejas domésticas recusam-se a comprometer o Evangelho e a juntarem-se às igrejas aprovadas pelo governo. Cerca de 60% dos crentes chineses vivem em áreas rurais. Poucos líderes de igrejas domésticas têm uma verdadeira formação teológica ou acesso a material para o estudo da Bíblia.

Coreia do Norte

Devido ao secretismo do governo comunista, pouco se sabe sobre a atual situação dos cristãos na Coreia do Norte. Pyongyang, a capital, era conhecida como a «Jerusalém do Oriente» no início do Séc. XX, devido às suas mais de 2000 igrejas. O governo comunista confia na Juche (a religião da Coreia do Norte que exige o culto e a subserviência à família Kim) para manter a estabilidade, e o cristianismo é considerado subversivo. As pessoas que forem descobertas como sendo cristãs (ou, em muitos casos, como tendo tido contacto com ideias cristãs) são consideradas inimigas do estado. O Evangelho continua a ser proclamado na Coreia do Norte através de vários meios criativos, nomeadamente estações de rádio de onda curta, e de evangelistas corajosos que arriscam a vida para introduzir clandestinamente no país material cristão.

Índia

Sob a governação do primeiro-ministro Narendra Modi, a organização nacionalista hindu Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) viu um aumento de 20% no seu número de membros e uma base encorajadora com o objetivo de fortalecer a identidade hindu na Índia entre a sua enorme diversidade de línguas, culturas e religiões. Embora o primeiro-ministro Modi tenha dito publicamente que o seu governo não tolerará discriminação religiosa, os seus atos provam o contrário. Políticas vagas como as leis anti-conversão (que impedem a conversão de hindus a outras religiões) foram aprovadas em vários estados da Índia e a pressão para a aprovação de uma lei federal similar está a ganhar apoio. As leis anti-conversão há muito que são usadas contra pastores, promotores de novas igrejas e evangelistas. Inversamente, as cerimónias de reconversão conhecidas como Ghar Wapsi ou “regresso a casa” para o retorno dos indianos ao hinduísmo tornaram-se cada vez mais comuns. Apesar das crescentes restrições do governo ao cristianismo, a igreja está a crescer. O maior crescimento dá-se entre pessoas de origem hindu, que têm uma profunda necessidade espiritual.

Omã

Omã foi governado por um sultão que concedeu um certo grau de liberdade religiosa durante o seu reino, financiando até a construção de quatro igrejas católicas e protestantes, assim como vários templos hindus. A sociedade omani é progressista e aberta, quando comparada com a dos seus vizinhos. No entanto, existem muito poucos cristãos no país e têm de se encontrar em casas particulares e manter a fé em segredo porque é ilegal abandonar o islão.