As etnias xiitas, sunitas e curdas que compõem a maioria da sociedade atual do Iraque estão em conflito entre si há séculos. Recentemente, sobretudo pelas mãos do autoproclamado Estado Islâmico (ISIS), dezenas de milhares de cristãos foram obrigados a fugir do país, ficando apenas alguns deles, embora corajosos e fiéis. Para muitos destes cristãos iraquianos, grande parte do seu dia-a-dia está focado na sobrevivência e nas decisões sobre o futuro. Depois da invasão do ISIS em 2014, cristãos de toda a região e de todo o mundo visitam o Iraque para levar auxílio e encorajar aqueles que ficaram. Muitos deles rejeitaram o islão e abriram-se a Cristo por variadas razões, entre as quais a corrupção e a violência quer de sunitas (ISIS) quer de xiitas (o novo governo do Iraque, apoiado pelo Irão). Estas circunstâncias proporcionam uma oportunidade única para partilhar o Evangelho com os iraquianos em busca de esperança, verdade e justiça. A violência do ISIS também originou uma revitalização, já que muitos cristãos tradicionais começaram a proteger a sua fé e tornaram-se corajosos testemunhos de Cristo.
Continente: Ásia
Qatar
O Qatar é um país extremamente próspero. Contudo, em 2017 a maior parte dos países árabes cessaram relações com o Qatar, acusando-o de apoiar grupos terroristas. Os poucos crentes que vivem no país têm de prestar culto em absoluto segredo, enquanto os cristãos que não são cidadãos do Qatar têm de fazer as suas adorações num recinto controlado pelo governo conhecido como “Cidade Religiosa”. Os cidadãos do Qatar não têm autorização para visitar a Cidade Religiosa. Cerca de 65% da população do país é composta por trabalhadores estrangeiros e aproximadamente 6% dos trabalhadores são cristãos, na sua maioria filipinos, indianos e libaneses. Nos últimos anos, alguns cristãos expatriados foram deportados por atividades evangelistas entre os habitantes nativos do Qatar.
Israel (Incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza)
Israel alberga duas culturas e dois povos muito diferentes e divididos. O conflito de décadas entre israelitas e palestinianos por causa da terra, do estatuto de Jerusalém e do estatuto dos refugiados palestinos continua a ser um dos assuntos mais instáveis da região. No meio deste conflito, o Senhor viu a Sua igreja crescer entre os judeus e entre os muçulmanos. O mais interessante é que quer os judeus quer os muçulmanos são ensinados a rejeitar Cristo e a desprezar o Evangelho, e a atividade cristã é combatida pelos dois grupos. Apesar desta oposição, existem atualmente igrejas evangélicas que incluem judeus que aceitaram Cristo como o Messias e árabes muçulmanos que depositaram a sua fé em Cristo. Os esforços ministeriais realizados no seio dos dois grupos incluem a distribuição de Bíblias, o discipulado, a evangelização, a promoção de novas igrejas e a educação teológica. A Autoridade Palestiniana mantém algum controlo sobre a Cisjordânia que está sob a autoridade federal israelita, enquanto o grupo militante Hamas exerce controlo na Faixa de Gaza. Os dois grupos opõem-se categoricamente à atividade cristã e ensinam as suas gentes a odiar o Ocidente, os judeus e os cristãos.
Arábia Saudita
A terra natal do profeta do islão Maomé alberga alguns dos mais ricos e mais devotos seguidores do Islão. Contudo, na última década, parte da população desenvolveu uma certa desconfiança relativamente ao islão e aos seus líderes. Os programas de TV e as páginas da internet que visam as audiências sauditas, assim como as redes sociais, as viagens ao estrangeiro e a exposição aos cristãos fiéis de dentro e de fora do país, mostraram Cristo a muitos. Inúmeros sauditas interiorizaram aquilo que aprenderam e compararam-no com o islão, levando alguns deles a sentir-se enganados e extremamente dececionados com o islão. Por esta razão, os sauditas estão agora mais do que nunca abertos ao Evangelho. Há muita gente a trabalhar para evangelizar os cidadãos locais, mas são precisos muitos mais trabalhadores.
Jordânia
Durante os últimos 70 anos, a Jordânia tem recebido um grande fluxo de refugiados oriundos dos países vizinhos, compondo atualmente metade da sua população. Os sírios começaram a chegar em grande número durante a sua guerra civil, que começou em 2011. A maior parte da atividade cristã entre os cristãos jordanos nos últimos anos tem-se focado no apoio aos refugiados. Depois de ver Deus a trabalhar tão poderosamente entre os refugiados árabes muçulmanos, os cristãos jordanos estão, agora mais do que nunca, animados a evangelizar os seus vizinhos muçulmanos.