Uganda

O Uganda tem a reputação de ser um dos países mais cristianizados de África. Muitas igrejas ou organizações escolhem este país como destino de viagens de curto-prazo e projetos missionários pela facilidade no acesso e pelo ambiente acolhedor. Continua a ser uma nação fortemente cristã e com grande presença nas igrejas. No entanto, a história única do Uganda torna o país particularmente vulnerável à influência do islão. Durante os anos 70, o Uganda foi governado por um ditador chamado Idi Amin. A certa altura, Amin visitou o colega ditador Muammar Gaddafi, na Líbia, e este inspirou-o a tornar Uganda um membro da Organização de Países Islâmicos e a começar a islamizar o país. Muitas das políticas que Amin instituiu continuam a influenciar a sociedade e o governo atuais.

Recentemente, o parlamento do Uganda aprovou a atividade bancária Xaria, que promove os empréstimos com zero juros a projetos islâmicos. Os países árabes também continuam a investir uma grande quantidade de recursos para favorecer os interesses muçulmanos no país. Consequentemente, a influência do islão radical cresceu mais de 7% nos últimos três anos e muitos cristãos que vivem nas regiões fronteiriças de maioria muçulmana estão a sofrer duras perseguições, especialmente aqueles que se converteram do islão. Apesar de tudo isto, as igrejas evangélicas no Uganda estão a tentar divulgar o que se está a passar para que possa haver uma sublevação contra a ameaça do islão. Muitas igrejas estão a ensinar os seus líderes como evangelizar muçulmanos e como cuidar daqueles que se convertem ao cristianismo. Os membros destas igrejas das regiões de maioria muçulmana tornaram-se inclusivamente cuidadores a tempo inteiro de crentes perseguidos.

Comores

Os Comores continuam a ser um dos países mais restritos do mundo. O governo recebe abertamente os turistas e embora conceda liberdade religiosa aos residentes estrangeiros, os nativos não a têm. Para eles, o abandono do islão é ilegal. Partilhar o Evangelho e formar novos discípulos é altamente restrito e pode levar à expulsão para os estrangeiros e à prisão para os locais. Os muçulmanos que se convertem ao cristianismo têm de se reunir em segredo para estudar e adorar. Algumas das organizações cristãs têm autorização para trabalhar, mas são estritamente monitorizadas e limitadas a projetos humanitários. Apesar destas dificuldades, o Evangelho continua a difundir-se através da coragem dos crentes clandestinos e da distribuição secreta de material bíblico.

Jibuti

O Jibuti é o terceiro menor país da África continental. Está sob o domínio de dois principais grupos muçulmanos, Afar e Somali, e está praticamente rodeado de países islamistas. Apesar disso, o Jibuti não é dominado por extremistas. A capital alberga várias bases navais estrangeiras e muitos grupos humanitários operam a partir deste país. Apesar de o islão ser a religião oficial do estado, os direitos dos cristãos são de uma forma geral respeitados, as Bíblias estão legalmente disponíveis e não existe nenhuma lei que impeça os muçulmanos de se converterem. A nação procura proteger a sua identidade muçulmana e as organizações cristãs não têm autorização para se registarem oficialmente.

Egito

O Egito tem a população com o mais rápido crescimento do Médio Oriente e, ao mesmo tempo, a maior população cristã do mundo árabe. Continua a ser um local estratégico para as atividades cristãs no Norte de África e no Médio Oriente.
Existem muitas igrejas evangélicas bem estabelecidas e ministros de organizações cristãs focadas em levar individualmente o Evangelho quer aos cristãos quer aos muçulmanos do Egito. Alguns destes grupos também enviam missionários árabes para toda a região. A manifesta atividade cristã pode dar origem a perseguição, mas temos muitos motivos de alegria já que a igreja está a crescer no Egito e a estabelecer uma base regional de atividade missionária.

Eritreia

Localizada no Mar Vermelho, a Eritreia é governada por um regime totalitário que procura controlar todos os aspetos da vida das pessoas.

Há quem compare a Eritreia com um “reino hermita” da Coreia do Norte, pois é um dos países mais reservados e isolados do mundo. Em 2002, proibiu todas as religiões à exceção do islão, o cristianismo ortodoxo, o catolicismo romano e a igreja luterana.  Todos os restantes grupos religiosos são ilegais e o governo faz um controlo rigoroso das igrejas aprovadas, nomeadamente da sua mensagem. Os anos de comunismo, o serviço militar obrigatório e a depressão económica levaram muitos eritreus, incluindo crentes evangelistas, a fugir do país.

Apesar destas dificuldades, a igreja clandestina na Eritreia continua a crescer devido à fé dos líderes da igreja, quer dentro quer fora do país. Em acordo de paz assinado em 2018 entre a Eritreia e a Etiópia pôs termo a um estado de guerra de duas décadas, mas os benefícios são unilaterais. Enquanto os etíopes viajam livremente entre os dois países, para os eritreus as viagens são restringidas pelo governo. A situação para os crentes eritreus não se alterou e poucos foram os prisioneiros cristãos libertados.