República Centro-Africana

Muitos dos habitantes da RCA continuam a praticar crenças animistas tribais e a participar em assassinatos vingativos de muçulmanos, contrários à Bíblia. Estes grupos, que falsamente se identificam como cristãos, associaram-se para formar uma milícia própria chamada anti-Balaka. Esta milícia cometeu atrocidades tal como o fizeram os rebeldes muçulmanos. No entanto, uma minoria predominante de cristãos bíblicos (aproximadamente 30% da população) permanece fiel e ativa. Eles são muitas vezes a única entidade que se preocupa com as centenas de milhares de deslocados em consequência dos conflitos do país. Embora a guerra civil tenha proporcionado à igreja oportunidades para mostrar o amor de Cristo a uma nação devastada, muitas das igrejas sentem-se mal preparadas para carregar os fardos do seu povo.

Uganda

O Uganda tem a reputação de ser um dos países mais cristianizados de África. Muitas igrejas ou organizações escolhem este país como destino de viagens de curto-prazo e projetos missionários pela facilidade no acesso e pelo ambiente acolhedor. Continua a ser uma nação fortemente cristã e com grande presença nas igrejas. No entanto, a história única do Uganda torna o país particularmente vulnerável à influência do islão. Durante os anos 70, o Uganda foi governado por um ditador chamado Idi Amin. A certa altura, Amin visitou o colega ditador Muammar Gaddafi, na Líbia, e este inspirou-o a tornar Uganda um membro da Organização de Países Islâmicos e a começar a islamizar o país. Muitas das políticas que Amin instituiu continuam a influenciar a sociedade e o governo atuais.

Recentemente, o parlamento do Uganda aprovou a atividade bancária Xaria, que promove os empréstimos com zero juros a projetos islâmicos. Os países árabes também continuam a investir uma grande quantidade de recursos para favorecer os interesses muçulmanos no país. Consequentemente, a influência do islão radical cresceu mais de 7% nos últimos três anos e muitos cristãos que vivem nas regiões fronteiriças de maioria muçulmana estão a sofrer duras perseguições, especialmente aqueles que se converteram do islão. Apesar de tudo isto, as igrejas evangélicas no Uganda estão a tentar divulgar o que se está a passar para que possa haver uma sublevação contra a ameaça do islão. Muitas igrejas estão a ensinar os seus líderes como evangelizar muçulmanos e como cuidar daqueles que se convertem ao cristianismo. Os membros destas igrejas das regiões de maioria muçulmana tornaram-se inclusivamente cuidadores a tempo inteiro de crentes perseguidos.

Comores

Os Comores continuam a ser um dos países mais restritos do mundo. O governo recebe abertamente os turistas e embora conceda liberdade religiosa aos residentes estrangeiros, os nativos não a têm. Para eles, o abandono do islão é ilegal. Partilhar o Evangelho e formar novos discípulos é altamente restrito e pode levar à expulsão para os estrangeiros e à prisão para os locais. Os muçulmanos que se convertem ao cristianismo têm de se reunir em segredo para estudar e adorar. Algumas das organizações cristãs têm autorização para trabalhar, mas são estritamente monitorizadas e limitadas a projetos humanitários. Apesar destas dificuldades, o Evangelho continua a difundir-se através da coragem dos crentes clandestinos e da distribuição secreta de material bíblico.

Jibuti

O Jibuti é o terceiro menor país da África continental. Está sob o domínio de dois principais grupos muçulmanos, Afar e Somali, e está praticamente rodeado de países islamistas. Apesar disso, o Jibuti não é dominado por extremistas. A capital alberga várias bases navais estrangeiras e muitos grupos humanitários operam a partir deste país. Apesar de o islão ser a religião oficial do estado, os direitos dos cristãos são de uma forma geral respeitados, as Bíblias estão legalmente disponíveis e não existe nenhuma lei que impeça os muçulmanos de se converterem. A nação procura proteger a sua identidade muçulmana e as organizações cristãs não têm autorização para se registarem oficialmente.

Egito

O Egito tem a população com o mais rápido crescimento do Médio Oriente e, ao mesmo tempo, a maior população cristã do mundo árabe. Continua a ser um local estratégico para as atividades cristãs no Norte de África e no Médio Oriente.
Existem muitas igrejas evangélicas bem estabelecidas e ministros de organizações cristãs focadas em levar individualmente o Evangelho quer aos cristãos quer aos muçulmanos do Egito. Alguns destes grupos também enviam missionários árabes para toda a região. A manifesta atividade cristã pode dar origem a perseguição, mas temos muitos motivos de alegria já que a igreja está a crescer no Egito e a estabelecer uma base regional de atividade missionária.