Paquistão

As igrejas paquistanesas têm crentes com raízes religiosas muito diversas, quer de denominações evangélicas quer tradicionais. Todos os cristãos paquistaneses enfrentam dificuldades, discriminação e perseguição devido à sua identidade cristã. Alguns evangélicos correm grandes riscos ao testemunharem junto de muçulmanos, batizarem convertidos e reunirem-se em igrejas, e existem muitos cristãos que estão a trabalhar de forma incansável para equipar, encorajar e educar jovens cristãos. Alguns cristãos são corajosos evangelizadores e distribuidores da Palavra de Deus em bairros e cidades muçulmanas, alguns dos quais albergam grupos extremistas como os Talibã. Muitos cristãos pertencem a castas inferiores da sociedade e são obrigados a trabalhar longas horas, focados em sustentar a família, o que dificulta o estudo bíblico e outras atividades cristãs.

Irão

A Revolução Islâmica de 1979, conduzida por Ayatollah Khomeini, afetou o Irão mais do que qualquer outro acontecimento da história moderna. Deu origem ao único país do mundo governado por uma teocracia islâmica, já com 40 anos. Atualmente, aqueles que dedicaram as suas vidas ao regime islâmico estão desesperados. Esta desilusão abriu novas portas ao Evangelho, que está a varrer o país através da TV por satélite e da internet, e a aumentar os movimentos de igrejas domésticas. Contudo, o governo continua a tentar contrariar este avanço de Deus. Os líderes e pastores cristãos são muitas vezes presos e as suas famílias perseguidas, e a alguns resta-lhes apenas fugir do país. A falta de acesso a Bíblias e a recursos didáticos deixou as igrejas domésticas suscetíveis a falsos ensinamentos. Os cristãos de dentro e de fora do país estão a trabalhar para fortalecer e equipar a igreja.

Filipinas (Mindanau)

Na região sul da ilha de Mindanau de maioria muçulmana, onde a VDM  trabalha, os grupos muçulmanos e o governo envolveram-se num conflito de longa data por causa do desejo dos muçulmanos de formar um estado muçulmano independente. Recentemente, grupos muçulmanos, tais como Abu Sayyaf e Maute, garantiram aliança ao autoproclamado Estado Islâmico (ISIS) para conseguirem ajuda financeira e combatentes estrangeiros. Os extremistas muçulmanos ameaçam regularmente os cristãos, retirando-os muitas vezes das zonas de maioria muçulmana, e muitos pastores e crentes foram até assassinados. No entanto, um número significativo de crentes permanece nestas áreas e partilha a sua fé.

Iraque

As etnias xiitas, sunitas e curdas que compõem a maioria da sociedade atual do Iraque estão em conflito entre si há séculos. Recentemente, sobretudo pelas mãos do autoproclamado Estado Islâmico (ISIS), dezenas de milhares de cristãos foram obrigados a fugir do país, ficando apenas alguns deles, embora corajosos e fiéis. Para muitos destes cristãos iraquianos, grande parte do seu dia-a-dia está focado na sobrevivência e nas decisões sobre o futuro. Depois da invasão do ISIS em 2014, cristãos de toda a região e de todo o mundo visitam o Iraque para levar auxílio e encorajar aqueles que ficaram. Muitos deles rejeitaram o islão e abriram-se a Cristo por variadas razões, entre as quais a corrupção e a violência quer de sunitas (ISIS) quer de xiitas (o novo governo do Iraque, apoiado pelo Irão). Estas circunstâncias proporcionam uma oportunidade única para partilhar o Evangelho com os iraquianos em busca de esperança, verdade e justiça. A violência do ISIS também originou uma revitalização, já que muitos cristãos tradicionais começaram a proteger a sua fé e tornaram-se corajosos testemunhos de Cristo.

Qatar

O Qatar é um país extremamente próspero. Contudo, em 2017 a maior parte dos países árabes cessaram relações com o Qatar, acusando-o de apoiar grupos terroristas. Os poucos crentes que vivem no país têm de prestar culto em absoluto segredo, enquanto os cristãos que não são cidadãos do Qatar têm de fazer as suas adorações num recinto controlado pelo governo conhecido como “Cidade Religiosa”. Os cidadãos do Qatar não têm autorização para visitar a Cidade Religiosa. Cerca de 65% da população do país é composta por trabalhadores estrangeiros e aproximadamente 6% dos trabalhadores são cristãos, na sua maioria filipinos, indianos e libaneses. Nos últimos anos, alguns cristãos expatriados foram deportados por atividades evangelistas entre os habitantes nativos do Qatar.