República Centro-Africana

Muitos dos habitantes da RCA continuam a praticar crenças animistas tribais e a participar em assassinatos vingativos de muçulmanos, contrários à Bíblia. Estes grupos, que falsamente se identificam como cristãos, associaram-se para formar uma milícia própria chamada anti-Balaka. Esta milícia cometeu atrocidades tal como o fizeram os rebeldes muçulmanos. No entanto, uma minoria predominante de cristãos bíblicos (aproximadamente 30% da população) permanece fiel e ativa. Eles são muitas vezes a única entidade que se preocupa com as centenas de milhares de deslocados em consequência dos conflitos do país. Embora a guerra civil tenha proporcionado à igreja oportunidades para mostrar o amor de Cristo a uma nação devastada, muitas das igrejas sentem-se mal preparadas para carregar os fardos do seu povo.

Camarões

Boko Haram tem vindo a reagrupar-se na Nigéria, e os ataques crescentes que aí têm ocorrido estão correlacionados com o aumento de ataques em Camarões. As incursões anteriores de Boko Haram em Camarões não foram bem organizadas, mas os ataques recentes e organizados têm visado especificamente as igrejas e a atividades cristã. Num ataque típico, os cristãos são mortos ou deslocados, as igrejas são queimadas e as casas destruídas. Várias aldeias cristãs foram completamente abandonadas após ataques recorrentes. De Janeiro de 2018 a Novembro de 2019, sete aldeias predominantemente cristãs foram atacadas na região norte. Os atacantes mataram 10 pessoas e raptaram 7 outras, enquanto queimavam 575 casas, 7 igrejas, 2 escolas e 1 hospital evangélico.

Burquina Faso

Burquina Faso tem assistido a um forte aumento da atividade islamista desde 2016. Militantes ligados ao Estado Islâmico (ISIS) e à Al-Qaeda, que tinham estado em grande parte contidos nas vizinhas Mali e Níger, cruzaram fronteiras porosas no Norte para alargar a sua influência na região do Sahel, a região semi-árida de África que separa o deserto do Saara a norte e as savanas tropicais a sul. Os cristãos têm sido um alvo principal da campanha islamista desde Abril de 2019, quando cerca de 70 cristãos foram mortos e cinco igrejas foram atacadas. Mais de 200 igrejas terão fechado no norte e leste do Burquina Faso devido a questões de segurança e ameaça de ataque. Cerca de 10.000 cristãos fugiram das suas casas devido à violência e ameaças dirigidas. Quase 800.000 pessoas no total foram deslocadas pelo conflito, o que contribuiu para uma economia já tensa num contexto de incerteza política.

Brunei

O Brunei é uma nação maioritariamente muçulmana, onde o povo vive sob o domínio de um sultão dinástico. As leis são uma versão da Xaria Islâmica. Existem aproximadamente 20 igrejas em todo o país e as pessoas têm poucas oportunidades para ouvir o Evangelho. A riqueza do petróleo tem garantido à maior parte das pessoas ter poucas necessidades materiais, mas as necessidades espirituais são imensas. Apesar do risco, alguns evangelistas e missionários continuam a levar a luz do Evangelho a esta terra de escuridão.

Butão

Até aos anos 80, o Butão era extremamente isolado do resto do mundo devido à sua geografia himalaia, às pobres infraestruturas e às fracas relações internacionais. Em 2008, o país adotou uma democracia constitucional multipartidária e implementou uma nova constituição, que protege oficialmente a liberdade religiosa. A maior parte dos cristãos do Butão são de origem nepalesa; no entanto, os crentes estão focados em chegar às etnias butanesas com a mensagem de Cristo. Os poucos líderes cristãos butaneses do país estão a centrar-se nos estudos bíblicos e ministeriais.